quarta-feira, setembro 27, 2006


Caso "Meu Deus!"

Pouco a pouco, o famoso "caso Mateus" vai deixando de fazer parte do nosso quotidiano desportivo. Pouco ou nada percebo de justiça; como tal, é-me completamente impossível explicitar todas as voltas, contornos e arestas judiciais deste processo. Resta-me apenas dar uma opinião completamente leiga, que é esta: o caso Mateus é nada mais nada menos que um simples caso de "chico-espertismo".
Resumindo, isto é apenas mais uma situação como tantas outras que experienciamos no nosso quotidiano, em que A procura obter algo passando a perna a B, C e aos que forem necessários. Assim sendo, o Belenenses, que falhou a permanência durante os 34 jogos do último campeonato, descobriu uma forma fácil de ficar na divisão principal, que foi denunciar uma irregularidade praticada pelo seu adversário; o Gil Vicente, como um menino apanhado a fazer asneira, procura fugir ao seu destino de qualquer forma; e por fim, o Leixões, que se acha no completo direito de requisitar algo que não conquistou em campo. Ou seja, cada um procura ser mais esperto que o outro.
Quando já se esperava que tal situação se arrastasse, bastou uma simples mas séria ameaça da FIFA para que todos se mexessem. Até o célebre Apito Dourado conheceu novos desenvolvimentos, caso que se mantinha em lume brando já há algum tempo.
O resultado final é uma vergonha para o futebol português, nada mais. Dificilmente existirá alguém que saiu a ganhar com isto, excepto, claro, os advogados. E é por isso que, depois de tanta trapalhada, só apetece mesmo bradar aos céus.

1 Comments:

Blogger Luís said...

a ameaça da FIFA fundamenta-se no facto de esta ter emanado um regulamento, restringindo as questões litigiosas de âmbito desportivo às instâncias por ela previstas (orgãos da liga e federação), o Gil Vicente enquanto membro da FIFA (via FPF) deve acatar e respeitar as suas regras, não o fez. As questões que me coloco são estas: será que a FIFA pretende assumir posições tão radicais enquanto invade explicitamente a soberania dos Estados com regulamentos como este? Assumindo a justiça desportiva, será que a FIFA é dotada de meios coercivos para a fazer cumprir? E se sim, resumem-se estes a ameaças despóticas sobre quem é alheio ao litígio (SCP, SLB e FCP)? Dá que pensar...
PS: Continua a escrever.

11:28 da manhã  

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